O ataque desencadeou-se cerca das 04:00 locais GMT (05:00 de Lisboa), com o disparo de número não determinado de granadas de morteiro contra o quartel da Missão de Estabilização Multidimensional Integrada das Nações Unidas no Mali (MINUSMA), acrescentou um militar daquele contingente.
O acampamento militar está sob pressão dos grupos radicais islamitas do AQMI (Al-Qaida no Magreb Islâmico), do MUJAO (Movimento para a União da Jihad no Oeste Africano) e do Ansar al-Din, que controlaram o norte do Mali - durante dez meses -, até à intervenção internacional, no início de 2013, com o envio da MINUSMA.
A ação ocorre dois dias antes do início em Argel, com o governo argelino na qualidade de mediador, da segunda fase de diálogo entre as fações rebeldes tuaregues do norte de Mali e o governo maliano.
As conversações começaram em julho e visam a estabilidade e a manutenção da paz na região entre o governo e os seis principais movimentos tuaregues.
Ao Governo maliano, juntam-se o Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), o Alto Conselho da União de Azawad (ACUA), duas facções do Movimento Árabe de Azawad (MAA), a Coordenação pelo Povo de Azawad (APC) e a Coordenação de Movimentos e Frentes Patrióticos de Resistência (CM-FPR).
Portugal participa na MINUSMA, tendo partido hoje para aquele país africano um contingente formado por um avião C130 e 47 militares, dos quais 41 da Força Aérea e seis do Exército.
Em declarações hoje à Lusa, o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, afirmou que se trata de uma missão "muito importante" porque, acrescentou, mostram "a capacidade operacional" das forças armadas portuguesas.
O contingente português manter-se-á no Mali durante três meses.