"Temos de mostrar à Rússia que a União Europeia não acredita em soluções militares, mas que também não assobia para o lado, disse Passos Coelho em conferência de imprensa em Bruxelas, após mais uma cimeira europeia de cerca de sete horas.
A União Europeia decidiu, nesta cimeira, que poderá vir a aprovar novas sanções contra a Rússia se aumentar a escalada do conflito na Ucrânia, depois de responsáveis ucranianos terem falado na entrada de tropas russas no leste da Ucrânia. O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, disse mesmo no sábado que a crise com a Rússia está perto de um "ponto de não retorno" e de se transformar numa "guerra em larga escala".
Sobre a posição de Portugal neste conflito, Passos Coelho repetiu que, tanto no contexto da União Europeia como em outros fóruns internacionais, que continuará a "prestar apoio determinado à integridade territorial da Ucrânia e às aspirações de paz do seu povo".
O primeiro-ministro disse ainda que na cimeira de hoje foram avaliadas as situações tanto do Médio Oriente como da Líbia, referindo que este último conflito "exige uma resposta urgente de apoio ao governo líbio", já que a UE não pode "permitir uma situação de vazio de poder e completa instabilidade às portas da Europa".
"A segurança na Europa não depende só da sua vizinhança a leste, mas também da segurança a Sul", afirmou.