Com centenas de militantes e simpatizantes da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) à espera durante mais de cinco horas, Dhlakama desembarcou no Aeroporto Internacional de Maputo por volta das 18:20 de Maputo (17:20 de Lisboa) acompanhado por alguns quadros do movimento e por alguns diplomatas estrangeiros acreditados na capital moçambicana, incluindo o embaixador de Portugal em Maputo, José Augusto Duarte.
Além dos membros da Renamo, dezenas de jornalistas, incluindo alguns estrangeiros, aguardavam a chegada de Afonso Dhlakama, que não respondeu, contudo, a nenhuma pergunta colocada pela comunicação social.
Dhlakama chegou a Maputo após ter presidido a um comício na cidade de Chimoio, capital da província de Manica, centro de Moçambique, de onde embarcou para a capital do país, depois de uma viagem de carro do refúgio onde vivia desde outubro do ano passado, após o seu acampamento em Santunjira, província de Sofala, na região centro, ter sido tomado pelo exército.
O líder do principal partido da oposição está em Maputo para ratificar com o chefe de Estado moçambicano, Armando Guebuza, o acordo de cessação da violência militar, assinado em finais de agosto entre a delegação negocial do seu partido e o Governo moçambicano.
A ratificação do acordo vai permitir a participação de Afonso Dhlakama na campanha eleitoral já em curso para as eleições gerais (presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais) de 15 de outubro e é mais um passo para a normalização da situação política em Moçambique, posta em causa por meses de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança.