A viatura explodiu aparentemente por ter ativado uma mina usada em operações militares que ficou esquecida junto a um caminho em terra batida entre as povoações de Bissorã e Cheia, referiu à Lusa o tenente-coronel Samuel Fernandes, porta-voz do MAI.
Uma equipa vai hoje para o local para averiguar o sucedido, sublinhou.
Estão contabilizados 21 mortos, disse hoje à Lusa a ministra da Saúde, Valentina Mendes, e diversos feridos continuam a ser tratados no Hospital Simão Mendes, em Bissau.
As vítimas eram quase todas da mesma família e iam participar em cerimónias fúnebres de um parente.
O condutor escapou praticamente ileso ao acidente e descreve o que se passou como "o rebentamento de uma mina", contou hoje à Lusa, Malam Sonco, residente em Bissorã e correspondente da Radiodifusão Nacional (RDN), emissora estatal guineense.
Malam recorda que, na mesma zona, em 2013, foi encontrada uma mina antitanque usada na guerra pela independência, há mais de 40 anos, removida por uma equipa de militares do batalhão de Mansoa (centro do país).
"Essa mina estava a uma distância de 100 metros [do local do acidente]. Afinal, tinha sobrado esta", comentou.
Ainda segundo aquele residente, apesar do sucedido e de os destroços da viatura continuarem no local, o caminho entre Bissorã e Cheia continua aberto ao trânsito.