Moçambique, cuja estabilidade estava refletida na avaliação do índice nos últimos anos, perdeu dois pontos no espaço de 12 meses devido às questões relacionadas com a segurança nacional e pessoal por causa do conflito entre o governo da Frelimo e as forças da Renamo, na oposição.
Embora tenham sido registados avanços de Moçambique no acesso à saúde e igualdade entre sexos, o índice aponta para piores desempenhos no desenvolvimento da economia e de infraestruturas, funcionamento da lei e acesso à educação.
A Fundação Mo Ibrahim, homónima do milionário sudanês que a criou em 2006, apoia a boa governação e a liderança em África e elabora anualmente desde 2007 o Índice Ibrahim, que visa informar e ajudar os cidadãos, sociedade civil, parlamentos e governos a medir o progresso.
A avaliação é feita seguindo diferentes critérios, que estão agrupados em quatro categorias: Segurança e Estado de Direito; Participação e Direitos Humanos; Oportunidade Económica Sustentável; e Desenvolvimento Humano.
O melhor entre os países lusófonos é Cabo Verde (2.º), à frente de São Tomé e Príncipe (12.º), Moçambique (22.º), Angola (44.º) e Guiné-Bissau (48.º).