"Hong Kong é China", pelo que os assuntos respeitantes a esse território "são de soberania chinesa", afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Hua Chunying, em conferência de imprensa.
Por isso, "opomo-nos à interferência externa, por parte de qualquer país, nos assuntos internos da China", frisou, aludindo às reações de várias nações aos protestos na antiga colónia britânica.
O Governo chinês recusa "formalmente" qualquer tipo de apoio a "atividades ilegais como o movimento 'Occupy Central'", frisou.
O movimento de desobediência civil criado em janeiro de 2013, cujo objetivo é paralisar a atividade no distrito de Central, o coração financeiro de Hong Kong, caso os governos de Hong Kong e de Pequim não cheguem a um acordo com vista à implementação do sufrágio universal pleno, sem restrições, nas próximas eleições para o cargo de chefe do executivo, em 2017.
Hua Chunying qualificou de "assembleia ilegal" os protestos de Hong Kong nos últimos dias, apontando que "debilitam a ordem social e o Estado de Direito" no território.
Os protestos em Hong Kong surgem depois de Pequim ter anunciado, a 31 de agosto, que os aspirantes ao cargo de chefe do Governo vão precisar de reunir o apoio de mais de metade dos membros de um comité de nomeação para poderem concorrer à próxima eleição e que apenas dois ou três serão selecionados.
Ou seja, a população de Hong Kong exercerá o seu direito de voto, mas só depois daquilo que os democratas designam de 'triagem'.
A China tinha prometido à população de Hong Kong, cujo chefe do Governo é escolhido por um colégio eleitoral composto atualmente por cerca de 1.200 pessoas, que seria capaz de escolher o seu líder em 2017.