Os líderes dos protestos disseram à France Press que acreditam que a concentração de manifestantes vai aumentar esta noite, véspera do Dia Nacional da República Popular China, que este ano assinala os 65 anos no poder.
Nas primeiras declarações após a carga da polícia, o chefe do Executivo da Região Administrativa Especial de Hong Kong, Leung Chun-ying disse que as concentrações que organizam o protesto "Occupy Central" estão "fora de controlo".
"Os organizadores do 'Occupy Central'(referência ao bairro onde decorrem os protestos) disseram várias vezes que se o movimento ficar sem controlo vão pedir para se acabar com o protesto. Eu peço-lhes agora para cumprirem a promessa que fizeram à sociedade e terminem a campanha imediatamente", disse o governador.
Mas os líderes dos protestos rejeitaram os pedidos do chefe do Executivo e voltaram a pedir a demissão do governador que foi nomeado por Pequim, assim como organizam novas manifestações para as próximas horas.
"Creio que vai registar-se uma adesão em massa. Esperamos mais 100 mil pessoas esta noite e durante o Dia Nacional (01 de Outubro)", disse Ed Chin, fundador do "Occupy Central", à France Press.
Alex Chow, presidente da Federação dos Estudantes de Hong Kong pediu ao governo da região administrativa especial para ouvir os protestos e ceder às exigências dos manifestantes.
Os manifestantes exigem o respeito pelo sufrágio universal depois de Pequim ter permitido eleições em 2017 mas sob a prerrogativa de poder vetar candidaturas.
Hoje, o governo central da República Popular da China disse que os protestos em Hong Kong são ilegais.