Jihadistas à entrada da terceira maior cidade curda

Os 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico (EI) encontram-se às portas da cidade síria de Aïn al-Arab (Kobane, em curdo), perto da fronteira turca, apesar de novos ataques nessa zona da coligação liderada pelos Estados Unidos.

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Lusa
30/09/2014 16:39 ‧ 30/09/2014 por Lusa

Mundo

Síria

No vizinho Iraque, onde os 'jihadistas' se apoderaram também de amplos setores, as forças curdas lançaram uma ofensiva em três frentes no norte contra o EI, que está a multiplicar as atrocidades nas zonas sob seu controlo.

Na Síria, os combatentes deste grupo extremista sunita encontram-se agora "a dois ou três quilómetros" de Aïn al-Arab, cidade de que estão a tentar apoderar-se para dominar toda uma faixa de território ao longo da fronteira turca, segundo uma organização não governamental síria.

"Há apenas um vale a separar os jihadistas da cidade", afirmou o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rabi Abdel Rahman, citado pela agência de notícias francesa, AFP.

Na segunda-feira, o EI estava a cinco quilómetros de Aïn al-Arab, a terceira maior cidade curda da Síria, situada perto da fronteira com a Turquia, ao passo que muitas cidades da região foram já tomadas pelos 'jihadistas' na província de Alep.

Os 'jihadistas' atacaram na segunda-feira a cidade com 'rockets', atingindo pela primeira vez o centro urbano, onde três pessoas morreram, segundo o OSDH.

Perante este avanço, os Estados Unidos e os países árabes membros da coligação, que iniciaram ataques aéreos na Síria a 23 de setembro, realizaram na madrugada de hoje dois ataques contra posições do EI, segundo o OSDH, que não forneceu mais pormenores sobre a natureza dos alvos.

Um dos líderes do principal partido curdo da Turquia, Demirtas, que se deslocou hoje a Aïn al-Arab, confirmou que o EI se encontra perto.

"Os terroristas não estão a mais de dois quilómetros. Kobane está cercada de todos os lados", disse o co-presidente do Partido Democrático Popular (HDP) à imprensa ao regressar, no posto fronteiriço de Mursitpinar (sul).

A ofensiva dos 'jihadistas' nesta região, iniciada em meados de setembro, obrigou, então, mais de 160.000 pessoas a procurar refúgio na Turquia. Na segunda-feira, 15.000 habitantes passaram também a fronteira, devido aos novos combates.

 

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