"Hoje assinalamos um dia histórico na parceria entre os Estados Unidos e o Afeganistão que irá ajudar no avanço dos interesses partilhados [pelos dois países] e para a segurança a longo prazo do Afeganistão", afirmou o chefe de Estado norte-americano, num comunicado.
O acordo de segurança bilateral, designado pela sigla em inglês BSA (Bilateral Security Agrrement), foi hoje assinado em Cabul pelo embaixador dos Estados Unidos no Afeganistão, James B. Cunningham, e pelo recém-nomeado conselheiro de segurança do novo presidente afegão, Hanif Atmar.
O presidente afegão, Ashraf Ghani, que tomou posse na segunda-feira, assistiu à assinatura do acordo.
"Este acordo é um convite por parte do governo afegão para reforçar a relação que construímos ao longo dos últimos 13 anos", referiu Obama na mesma nota presidencial, acrescentando que o acordo estabelecido oferece aos militares norte-americanos "o quadro jurídico necessário" para a realização de missões em território afegão após 2014.
Em termos concretos, o texto autoriza e regula a presença de cerca de 12.500 soldados estrangeiros, dos quais cerca de 10 mil são norte-americanos, em território afegão, após a retirada das forças internacionais da NATO em finais deste ano.
"O BSA reflete o nosso compromisso em apoiar o novo governo de unidade afegão", sublinhou Obama, referindo ainda que a parceria com Cabul visa reforçar "a soberania e a estabilidade" do Afeganistão, mas também ajudar a alcançar um objetivo comum: "derrotar a Al-Qaida e os seus aliados extremistas".
A assinatura deste acordo de segurança, objeto de intensas negociações entre Washington e Cabul há mais de um ano, foi adiada por diversas vezes devido às objeções apresentadas pelo Presidente afegão cessante Hamid Karzai.
Cunningham e Atmar assinaram também hoje um acordo semelhante com a NATO, o chamado Sofa (Status of Forces Agreement), que regula a presença da Aliança Atlântica no Afeganistão em 2015.
A missão no terreno a partir de 2015 tem o nome de "Resolute Support" (Apoio Firme) e centra-se no treino, aconselhamento e apoio às forças afegãs que combatem os talibãs.
A atual missão da NATO no Afeganistão é integrada por cerca de 41.000 militares, menos de um terço dos 130.000 no terreno em 2012.