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Rússia envolvida na morte de Litvinenko, dizem advogados

O Estado russo esteve envolvido na morte por envenenamento do antigo espião russo Alexander Litvinenko, que estaria a trabalhar para os serviços secretos britânicos, alegaram, quinta-feira, advogados numa audiência judicial em Londres.

Rússia envolvida na morte de Litvinenko, dizem advogados
Notícias ao Minuto

19:14 - 13/12/12 por Lusa

Mundo Envenenamento

As alegações, feitas por dois advogados diferentes e citadas pela agência AP, foram feitas no Tribunal Superior britânico numa audiência preliminar ao inquérito para apurar as causas da morte em Novembro de 2006, marcado para começar em maio.

Antes de morrer, o próprio Alexander Litvinenko, que morreu num hospital após beber um chá envenenado pela substância polónio 210, acusou o presidente Vladimir Putin de ser responsável, o que foi negado pelo Kremlin.

O advogado Ben Emmerson, em representação da viúva, Marina, alegou que na altura da morte, Litvinenko trabalhava para os serviços secretos britânicos MI6 e que estava a colaborar com a agência homóloga espanhola numa investigação sobre a máfia russa.

Foi a viúva que terá contado que, pouco antes da morte, Litvinenko preparava-se para viajar até Espanha com o também antigo agente dos serviços secretos russos KGB Andrey Lugovoi, o mesmo com quem tomou o chá fatal e quem a polícia britânica identificou como principal suspeito, juntamente com Dmitri Kovtun.

Lugovoi também nega participação no homicídio e refugiou-se na imunidade que ganhou após a eleição para o parlamento russo para recusar prestar testemunho às autoridades no Reino Unido.

O advogado Neil Garnham, que representou o ministério do Interior britânico afirmou que não podia "nem confirmar nem desmentir" se Litvinenko trabalhava para o MI6.

Por seu lado, Hugh Davies, outro advogado que presta assistência ao juiz encarregue do inquérito sobre a morte, revelou que uma "análise a alto-nível" de documentação confidencial fornecida pelo governo britânico encontrou fundamento para a teoria de envolvimento do Estado russo.

Este tipo de inquéritos judiciais são feitos no Reino Unido quando a morte é inesperada, violenta ou em circunstâncias duvidosas, e pretendem determinar a causa da morte, não resultando em condenação.

Porém, este atrai interesse para apurar factos sobre o caso, que causou tensão nas relações entre Londres e Moscovo, incluindo a expulsão mútua de pessoal diplomático.

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