A história de Jennifer Williams, uma jovem do Texas (EUA), dá que pensar. Há cerca de duas semanas, tinha apenas 40 seguidores no Twitter mas esse número é atualmente superior a sete mil. E não para de aumentar. Acontece que Jennifer não ‘twittou’ qualquer fotografia ousada ou fez um comentário polémico.
Conta o The Huffington Post que a investigadora do Brookings Institute tomou simplesmente a iniciativa de, há três anos, estudar o extremismo religioso e o Médio Oriente. Para tal leu o Corão e aí, diz, encontrou, respostas sobre a moral e fé que procurava desde a infância. Decidiu, portanto, converter-se ao islamismo.
Mas no final de setembro, Jennifer reparou que o tópico #MuslimApologies (pedidos de desculpa muçulmanos) era viral no Twitter. Falamos de uma ação de utilizadores muçulmanos da rede social que pretendem desvincular-se dos atos extremistas praticados por membros do Estado Islâmico, sustentando que tais práticas nada têm a ver com a sua fé.
A jovem norte-americana quis aderir à iniciativa. E publicou no Twitter a seguinte frase: “Peço desculpa por ter lido o Corão para aprender sobre as crenças terroristas mas ter acabado por me converter ao islamismo pelo que lá diz”.
Surpresa das surpresas, na manhã seguinte, tinha alguns novos seguidores, milhares na verdade. Mas, conta Jennifer, “rapidamente comecei a reparar numa tendência perturbante. Das milhares de pessoas que estavam a partilhar [o tweet] e a seguir-me, muitas tinham a bandeira preta do Estado Islâmico como foto de perfil, outros tinham fotografias suas empunhando espadas e posando em frente à bandeira do Estado Islâmico”.
Um dos seus novos seguidores, que pode muito bem ser um membro do ISIS, não só elogiou a beleza da norte-americana, garantindo que ficaria linda de véu, como a pediu em casamento.
Esta história surge num momento em que são muitas as notícias, provenientes de vários pontos do mundo, que dão conta de jovens que são aliciados a ‘aderirem’ ao Estado Islâmico que também tem sido notícia pelas ameaças ao Ocidente e decapitações de civis europeus e norte-americanos.