Polícia nos locais de protesto começa a levantar barricadas

Dezenas de polícias estavam concentrados esta manhã nos locais de protesto pró-democracia em Hong Kong e começaram a levantar as barricadas que paralisam o centro financeiro asiático há cerca de duas semanas, noticia a agência France Presse.

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Lusa
13/10/2014 06:12 ‧ 13/10/2014 por Lusa

Mundo

Hong Kong

Os agentes da polícia, que vestiam coletes bastante visíveis, mas não usavam equipamento antimotim, removeram, pelo menos, uma barricada do principal local de protesto, em Admiralty - onde estão concentrados a sede do governo, secretarias e gabinete do chefe do Executivo - constatou um fotógrafo da AFP.

A polícia também estava concentrada noutro local de protesto, em Mong Kok, na península de Kowloon, de acordo com informação divulgada na televisão.

Os manifestantes que reivindicam a Pequim a democracia plena em Hong Kong têm sido criticados por parte da população, que os acusa de levarem a cidade a um impasse na última quinzena, e provocarem confrontos com elementos que se opõem à ocupação das ruas, além de gerarem a perturbação generalizada.

Apesar de repetidas ordens para dispersarem, as manifestações continuaram e no fim de semana foram reforçadas com tendas, chuveiros portáteis e criação de áreas de palestras e leitura.

O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, também conhecido por CY Leung, disse numa entrevista difundida no sábado pela estação TVB que os protestos teriam "zero hipóteses" de mudar a posição de Pequim e de garantir eleições livres.

Depois de a polícia ter sido criticada por ter usado gás lacrimogéneo contra manifestantes no último fim de semana de setembro, o chefe do Executivo de Hong Kong disse que se o governo tivesse que limpar os protestos, a polícia iria usar "o mínimo de força necessária".

Em causa nas manifestações de Hong Kong está a decisão de Pequim de conceder à população da antiga colónia britânica a possibilidade de, em 2017, eleger diretamente o seu líder de Governo, num processo que, no entanto, estará limitado à escolha prévia dos candidatos por um comité eleitoral que Pequim acaba por controlar.

Os manifestantes não aceitam a posição política de Pequim e querem ser eles a escolher livremente o seu líder sem entraves nem escolhas prévias dos candidatos.

 

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