O diplomata chega a Bissau na próxima terça-feira, onde irá substituir o brasileiro Carlos Moura, que exerceu estas funções de janeiro a julho de 2014 e que abandona o cargo por razões de saúde.
"Terei a responsabilidade de continuar a promover a concertação e interação com o Governo e os parceiros internacionais e regionais, incluindo a União Africana, a CEDEAO, as Nações Unidas e a União Europeia, bem como os parceiros bilaterais em prol da assistência internacional ao processo de normalização política e institucional da Guiné-Bissau", explicou o diplomata à agência Lusa.
Alves Lopes, de 50 anos, é diplomata desde 1994. Licenciado em História e Relações Internacionais, tem pós-graduações em Desenvolvimento e Cooperação Internacional, Direito Internacional Público, Altos Estudos Francófono, um mestrado em Relações Internacionais e Ciência Política e é doutorado em Políticas Públicas.
Nos últimos 3 anos, exerceu as funções de assessor e conselheiro político e diplomático sénior do Secretariado Executivo da CPLP.
O secretário executivo da organização, o moçambicano Murade Murargy, sublinhou que o nome de Alves Lopes lhe dá "certeza e tranquilidade", porque o diplomata é "um conhecedor profundo desse dossiê, da Guiné-Bissau e do seu ambiente socio-político."
Alves Lopes chefiou a delegação da CPLP à Primeira Missão Conjunta de Avaliação das Organizações Internacionais à Guiné-Bissau, em dezembro de 2012, e chefiou as missões de observações eleitorais da CPLP às eleições deste ano.
"Prometi privilegiar a coordenação com os outros parceiros da Guiné-Bissau com o intuito de ajudar aquele estado membro-fundador da CPLP e encontrar o seu caminho de paz e desenvolvimento", disse ainda Alves Lopes.