Durante muitos anos, e ainda hoje, se defende que pessoas com pensamentos mais positivos são mais felizes e mais bem-sucedidas.
Porém, de acordo com um estudo divulgado pelo The New York Times, ter perspetivas demasiado elevadas pode funcionar contra si.
Em 1991, Gabriele Oettingen e Thomas A.Wadden realizaram um estudo sobre um programa de perda de peso de um grupo de mulheres. Os investigadores dividiram o grupo em dois, sendo que a um deles pediu que classificasse de forma positiva os efeitos da sua dieta e imaginasse quais seriam as consequências positivas de ter perdido peso. O outro grupo teria que fazer o inverso.
Os investigadores verificaram que quanto mais objetivos e ambições eram descritas, mais stressadas as mulheres ficavam com a necessidade de atingir esses objetivos. Mais: a desilusão de não os conseguir alcançar, deixava-as ainda mais deprimidas.
Posto isto, os investigadores testaram um novo conceito: o contraste mental.
Apelaram então às pessoas para que fossem realistas quanto àquilo que ambicionam. Isto implica que definissem os seus objetivos, mas que fossem realistas quanto às dificuldades que podiam encontrar pelo caminho, permitindo-lhes perceber o que conseguem ou não alcançar.
Segundo o The New York Times, ser-se positivo é agradável mas não quer dizer que nos facilite a vida. Atingir objetivos requere uma abordagem ponderada e moderada, que tanto pode ajudar-nos a não sofrer um desgosto tão grande quando algo corre mal, como ajuda a planear de forma mais eficiente as metas que nos propomos cumprir.