Boko Haram matou 17 pessoas e sequestrou 25 mulheres

O governo nigeriano afirmou hoje que 17 pessoas morreram e 25 mulheres foram raptadas em ataques alegadamente perpetrados entre quarta e sexta-feira pelo grupo armado Boko Haram contra populações no nordeste do país.

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Lusa
27/10/2014 12:09 ‧ 27/10/2014 por Lusa

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Os ataques terão ocorrido nas comunidades de Mafa, uma área com uma população de 100.000 habitantes no estado de Borno, a mais atingida pelo grupo insurgente.

Na sequência destes ataques, um elevado número de pessoas refugiou-se na capital do Estado, Maiduguri, disse o presidente interino do Conselho Regional, Shettina Maina, citado hoje pela Agência EFE.

Hoje, o exército escusou-se a comentar os ataques, refere a agência espanhola.

Em abril, o grupo Boko Haram ameaçou vender as raparigas se as autoridades não libertassem membros do grupo, rebeldes detidos nas prisões do Estado, recusada pelas autoridades nigerianas.

A possibilidade de uma troca de prisioneiros, exigida pelo chefe do grupo terrorista, Abubakar Shekau - uma exigência que suscitou protestos em quase todo o mundo - foi, porém, descartada pelo Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan.

No passado dia 17, as autoridades nigerianas anunciaram um suposto cessar-fogo com o grupo rebelde, que incluria a libertação de mais de 200 raparigas sequestradas há seis meses numa escola de Chibok.

Um dia depois do anúncio, a milícia sequestrou outras 60 mulheres em duas cidades do estado de Adamawa.

Os novos ataques, associados à violência registrada na semana passada em Borno, coloca em causa a veracidade do cessar-fogo anunciado pelas forças armadas nigerianas, que anteriormente declararam uma trégua com o grupo armado que, no entanto, se mostrou incerto.

As autoridades governamentais nigerianas também já anunciaram três vezes a morte do líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, que no início deste mês desmentiu a notícia através da divulgação de um vídeo.

Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não-islâmica é um pecado", tem desencadeado uma campanha sangrenta no país, que já matou mais de 3.000 pessoas, de acordo com dados do governo nigeriano.

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