Os ataques terão ocorrido nas comunidades de Mafa, uma área com uma população de 100.000 habitantes no estado de Borno, a mais atingida pelo grupo insurgente.
Na sequência destes ataques, um elevado número de pessoas refugiou-se na capital do Estado, Maiduguri, disse o presidente interino do Conselho Regional, Shettina Maina, citado hoje pela Agência EFE.
Hoje, o exército escusou-se a comentar os ataques, refere a agência espanhola.
Em abril, o grupo Boko Haram ameaçou vender as raparigas se as autoridades não libertassem membros do grupo, rebeldes detidos nas prisões do Estado, recusada pelas autoridades nigerianas.
A possibilidade de uma troca de prisioneiros, exigida pelo chefe do grupo terrorista, Abubakar Shekau - uma exigência que suscitou protestos em quase todo o mundo - foi, porém, descartada pelo Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan.
No passado dia 17, as autoridades nigerianas anunciaram um suposto cessar-fogo com o grupo rebelde, que incluria a libertação de mais de 200 raparigas sequestradas há seis meses numa escola de Chibok.
Um dia depois do anúncio, a milícia sequestrou outras 60 mulheres em duas cidades do estado de Adamawa.
Os novos ataques, associados à violência registrada na semana passada em Borno, coloca em causa a veracidade do cessar-fogo anunciado pelas forças armadas nigerianas, que anteriormente declararam uma trégua com o grupo armado que, no entanto, se mostrou incerto.
As autoridades governamentais nigerianas também já anunciaram três vezes a morte do líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, que no início deste mês desmentiu a notícia através da divulgação de um vídeo.
Boko Haram, cujo nome significa em línguas locais "a educação não-islâmica é um pecado", tem desencadeado uma campanha sangrenta no país, que já matou mais de 3.000 pessoas, de acordo com dados do governo nigeriano.