O ataque a dois funcionários de uma empresa de construção ocorreu na manhã de sexta-feira, perto da cidade de Sagamu, estado de Ogun e foi divulgado hoje, quando o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Frank-Walter Steinmeier, visitou a capital da Nigéria, Abuja.
O porta-voz da polícia nigeriana Abimbola Oyeyemi disse à agência France Presse que quatro homens atacaram o veículo em que seguiam os funcionários, um dos quais foi alvejado, chegando já morto ao hospital.
Um porta-voz da empresa de construção nigeriana Julius Berger disse que ambos -- o funcionário da empresa e o subempreiteiro -- viajavam em veículos separados, sem escolta de segurança e que a empresa estava a trabalhar com as autoridades locais para conseguir a libertação do refém.
O rapto de estrangeiros é bastante comum no sul da Nigéria, onde normalmente, os raptores libertam os reféns depois do pagamento de um resgate.
Alguns estrangeiros também têm sido raptados no norte da Nigéria em ataques aparentemente ligados ao grupo islâmico Boko Haram.
Um alemão foi raptado em julho no nordeste do Estado de Adamawa, uma das áreas sob estado de emergência devido aos ataques do Boko Haram. O seu paradeiro e estado continuam desconhecidos.
O Boko Haram é uma organização fundamentalista islâmica que utiliza métodos terroristas para impor a lei islâmica Sharia, que regula os aspetos públicos e privados da vida de um muçulmano.
A Sharia foi implementada como lei no norte da Nigéria, que tem uma maioria muçulmana. O sul, maioritariamente cristão, não aceita a imposição da lei.
Como o número de muçulmanos já ultrapassou o de cristãos, o Boko Haram exige a Sharia para o país inteiro.