"A estes autores (de raptos) acontecerá o mesmo que aconteceu aos outros e acabarão na barra do tribunal", disse hoje em Maputo o porta-voz do Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique, Pedro Cossa, durante uma conferência de imprensa do balanço semanal da atividade policial no país.
Cossa adiantou que as autoridades policiais estão a trabalhar para o esclarecimento da nova onda de raptos que está a abalar a capital moçambicana, enfatizando que os autores dos crimes serão localizados.
"Há alguma informação (na posse da polícia) e os casos de raptos serão esclarecidos", afirmou Pedro Cossa.
Depois de um período de aparente acalmia, em que não foram registados quaisquer casos desde o início do ano, a capital moçambicana voltou a registar uma onda de raptos, desde agosto.
Na sexta-feira foi libertado um empresário luso-moçambicano que tinha sido raptado na baixa de Maputo a 12 de outubro.
Este foi o 11.º caso de raptos envolvendo a comunidade portuguesa em Moçambique, desde o início da vaga deste crime, no final de 2012.
Na quarta-feira, uma mulher de nacionalidade brasileira foi raptada em Maputo e libertada 24 horas depois, segundo fonte da embaixada do Brasil na capital moçambicana.
Também na quarta-feira, um outro rapto vitimou uma mulher moçambicana que se mantém em cativeiro, elevando para cinco o número de casos ocorridos em Maputo durante os dois últimos meses.
Depois de libertado um cidadão de luso-moçambicano no início de outubro, e após um mês e meio de cativeiro, o filho de um conhecido empresário moçambicano foi raptado no dia 07, num caso que foi resolvido cerca de 24 horas depois, e que culminou com uma troca de tiros entre os raptores e a polícia, que fez três detenções.