Primeiro são as borboletas no estômago, os risos sem motivo aparente, uma sensação de êxtase total, falta de apetite e a cabeça que parece que anda sempre no ar. É assim que nos deixa o amor. Mas por que nos sentimos tão ‘tolos’ quando estamos apaixonados?
A psicóloga Linda Papadopolous definiu ao The Independent as cinco fases que atravessa uma pessoa apaixonada e o sentimento relativo a cada um desses estados de espírito. O mais impressionante, refere, é o facto de esses sentimentos estarem associados à evolução da relação.
Assim, a primeira fase, a das ‘Borboletas’, caracteriza-se por uma forte atração sexual, registando-se nesta altura uma ligeira perda de peso e a perda de produtividade. Nesta fase, homens e mulheres produzem mais testosterona e estrogénio.
Segue-se a fase da ‘Construção’. Uma espécie de lua-de-mel em que o casal aproveita para se conhecer melhor e cimentar a relação. Nesta fase, homem e mulher sentem uma espécie de ‘ansiedade feliz’, começando a conseguir pensar em outras coisas para além da relação. Aqui, regista-se uma ligeira perda de sono e maiores níveis de desatenção.
Sendo certo que se encontrou ‘o tal’, passa-se à fase em que começam a surgir as primeiras dúvidas: será isto uma relação séria? Onde queremos chegar com este envolvimento? Trata-se da ‘Assimilação’, fase em que percebe que está a colocar-se numa situação que é séria.
Quarta fase: ‘Honestidade’. É aqui que as pessoas começam a mostrar o seu verdadeiro eu. Passada a fase inicial em que queremos mostrar o nosso melhor, para não desiludir a pessoa amada, o casal e a crescente convivência entre ambos leva a que se conheçam melhor e passem a mostrar quem são na verdade.
Tanto na fase três como nesta, nota-se que os níveis de stress aumentam. As pessoas tornam-se mais preocupadas com o rumo que a relação está a seguir.
Se o casal conseguir sobreviver à montanha russa de sentimentos das primeiras quatro fases, consegue atingir a fase da 'Estabilidade', em que aumentam os níveis de confiança e intimidade. Nesta fase o casal mostra-se mais feliz. O corpo liberta também hormonas que ajudam a criar laços mais fortes.
Embora não exista um guia para o amor, refere a psicóloga, o estudo realizado prova que existem semelhanças entre os casais que provam que uma relação passa por fases distintas e que os sentimentos variam de fase para fase.