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Eleições separatistas são "contraproducentes"

O secretário-geral da ONU qualificou hoje como "contraproducentes" as eleições realizadas no domingo passado nas regiões separatistas do leste da Ucrânia, advertindo que este conflito está a ameaçar a capacidade de resolução de problemas da comunidade internacional.

Eleições separatistas são "contraproducentes"
Notícias ao Minuto

14:21 - 04/11/14 por Lusa

Mundo Ban Ki-moon

Ban Ki-moon, que proferia um discurso em Viena (Áustria) na Organização Para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), chamou a atenção para o facto da crise ucraniana continuar a provocar uma "onda de preocupação" e a criar "divisões" que ultrapassam aquela região.

"As eleições no leste do país no passado domingo são um acontecimento infeliz e contraproducente", lamentou o sul-coreano.

As regiões separatistas pró-russas de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, votaram no domingo para escolher os presidentes e parlamentos regionais, eleições que visaram legitimar a independência declarada unilateralmente. O escrutínio foi considerado ilegal por Kiev e pelo Ocidente.

No mesmo discurso, e numa referência ao 25.º aniversário da queda do Muro de Berlim, assinalado no próximo dia 09 de novembro, o secretário-geral das Nações Unidas sublinhou que ainda existem muitas questões por resolver e que a comunidade internacional está a desenvolver esforços para impedir que "os fantasmas da Guerra Fria voltem a rondar" a atual época.

Nesse sentido, Ban Ki-moon exortou todas as partes para que assumam "novamente" e "urgentemente" o compromisso do pleno cumprimento dos acordos de Minsk (Bielorrússia), assinados a 05 de setembro deste ano entre a Ucrânia e Moscovo.

Acordos que, segundo o representante da ONU, estavam "planeados para trazer a paz e a estabilidade para toda a Ucrânia".

O secretário-geral da ONU recordou ainda as vítimas do voo da Malaysia Airlines, que foi abatido em julho passado por um míssil terra-ar alegadamente disparado a partir de uma zona do leste da Ucrânia controlada por milícias pró-russas.

"A par da tragédia da perda de vidas, tanto em terra como no ar, a crise [na Ucrânia] coloca em risco a nossa capacidade de resolver os problemas globais", concluiu.

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