Sonda pousou no cometa '67/P Churyumov-Gerasimenko'

A sonda Philae pousou hoje com sucesso na superfície do cometa '67/P Churyumov-Gerasimenko', onde ficará durante os próximos meses para estudar aquele corpo celeste, anunciou a Agência Espacial Europeia (ESA).

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Lusa
12/11/2014 16:35 ‧ 12/11/2014 por Lusa

Mundo

Philae

A sonda pousou às 16:02, segundo o centro de controlo de operações da ESA, localizado em Darmstadt, na Alemanha.

"Estamos no cometa. Estamos muito felizes", disse o diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain, sob aplausos dos que acompanhavam em direto o percurso do módulo 'Philae' sobre o cometa '67P/Churyumov-Gerasimenko'.

"Este é um grande passo para a civilização humana. Nós somos os primeiros a ter realizado este feito o que vai ficar para sempre", comentou Jean-Jacques Dordain.

O 'Philae' é o primeiro engenho espacial da História a pousar na superfície de um cometa, o que alguns especialistas comparam em termos de importância científica e complexidade técnica à chegada à Lua ou à missão japonesa Hayabusa, que em 2005 inspecionou a superfície de um asteroide.

O robot 'Philae' separou-se da sonda espacial 'Rosetta', à qual viajou acoplado durante 10 anos, às 09:03 de hoje e pousou, tal como previsto, sete horas depois.

A 'Rosetta' chegou em agosto perto do '67P/Churyumov-Gerasimenko', depois de uma viagem de 10 anos através do sistema solar, para estudar a sua origem, numa altura em que o cometa ainda não está ativo, sem projetar material formando a tradicional "cauda", porque está localizado a uma distância de 450 milhões de quilómetros do Sol.

A "aterragem" do 'Philae', que representa um verdadeiro desafio tecnológico, ocorreu numa zona designada 'Agilkia', situada num lado do cometa onde chega a luz solar, energia que permitirá alimentar o pequeno robot.

A missão do robot 'Philae' é medir o campo magnético do cometa e realizar testes, até 30 centímetros de profundidade, dos materiais da superfície na fase de atividade máxima, enquanto se aproxima do Sol.

A ESA quer estudar a cauda do cometa, averiguar a água que o corpo celeste possui e perceber se o líquido é como o da Terra, bem como analisar a existência de moléculas complexas.

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