A ideia de que beber álcool com moderação até pode fazer bem à saúde pode ter os dias contados para a maioria as pessoas, segundo as conclusões de um estudo sueco. Na verdade, segundo estes investigadores, apenas 15% das pessoas beneficia de verdade de fazer do álcool um hábito – moderado – diário.
Segundo este estudo de que o The Huffington Post dá conta, “beber moderadamente não tem um efeito protetor” do organismo para a maioria das pessoas. As palavras são de Lauren Lissner, coautora do estudo que explica que esse efeito protetor só existe num determinado tipo de genes.
E é aqui que chega a pior notícia para quem está habituado a defender o seu copo de vinho servido com um argumento em prol da saúde: estes investigadores estimam que apenas cerca de 15% da população tenha a ‘pintura’ genética necessária para poder utilizar o tal argumento da saúde.
O trabalho foi publicado no final de outubro na revista Alcohol e teve como base a análise dos genomas de dois grupos separados: um de 618 pessoas, com problemas coronários, e outro grupo de controlo de 2.921 pessoas. Ambos os grupos responderam a questões sobre os seus hábitos de bebida, além de questões sobre fatores socioeconómicos, explica o The Huffington Post.
De seguida os investigadores analisaram o gene responsável por regular o processo de transporte do colesterol das artérias periféricas até ao fígado – algo que ajuda a reduzir o risco de doenças coronárias. E foi aqui que chegaram à conclusão de que só uma variação específica deste genótipo é que beneficia verdadeiramente com o consumo moderado de álcool.