Uma declaração conjunta publicada na revista científica PMJ (Postgraduate Medical Journal) e assinada por nomes de peso no ramo da saúde, como é o caso do presidente da Academy of Medical Royal Colleges, do Reino Unido, Terence Stephenson, e Mahiben Mara, alto funcionário do NHS (National Health Service), vem agora defender a eficácia da dieta mediterrânea no combate à obesidade e ao controlo de problemas cardíacos.
De acordo com os especialistas, adotar este tipo de dieta não só reduz os riscos de ataques cardíacos e derrames, como se mostra mais eficaz no combate à obesidade do que dietas pobres em gordura e focadas apenas no controlo de calorias.
O cardiologista Aseem Malhotra, autor da declaração que deu origem a um abaixo-assinado, defende que as conclusões dos vários estudos sobre o bem que faz à saúde a inclusão de frutas, legumes, verduras, azeite e cereais na alimentação são “irrefutáveis”.
“O impacto desse tipo de alimentação na saúde do paciente tem resultados muito rápidos. Sabemos que a tradicional dieta mediterrânea, que é rica em gordura, reduz o risco de ataque cardíaco e derrames pouco tempo depois de colocada em prática", defendem os especialistas, que destacam ainda que este tipo de alimentação é três vezes mais eficaz na redução da mortalidade de pacientes que já tenham, outrora, sofrido ataques cardíacos do que os medicamentos receitados por médicos para baixar o colesterol.