Papa pede a sacerdotes que evitem tornar-se mercenários
O papa Francisco pediu hoje aos sacerdotes que sejam pastores com uma atitude de ternura e amor face aos cristãos, para evitarem converter-se em mercenários.
© Reuters
Mundo Vaticano
"Todos os que na Igreja somos chamados a ser pastores, não podemos desviar-nos deste modelo se não queremos converter-nos em mercenários. O povo de Deus tem um olfato infalível para reconhecer aos bons pastores e distingui-los dos mercenários", declarou Jorge Bergoglio na Praça de São Pedro durante a cerimónia de beatificação de seis novos santos.
Durante a alocução, o bispo de Roma apelou para "a proximidade e ternura" para afirmar que são as máximas que devem guiar os pastores da Igreja Católica.
O modelo que oferece hoje a Igreja, segundo o pontífice, tem que ser o da dedicação sem descanso ao serviço dos pobres, doentes, idosos e peregrinos.
O papa Francisco, que canonizou seis novos santos católicos, incluindo dois indianos, apelou ainda para um "impulso missionário" que possa contribuir para a "solidariedade e a coexistência fraternal" naquele país.
Presidindo à missa solene na Praça de São Pedro na presença de milhares de fiéis, incluindo cerca de cinco mil indianos, o papa declarou santos Kuriakose Elias Chavara (1805-1871) e Eufrásia Eluvathingal (1877-1952), membros da antiga igreja sírio-malabar do sul da Índia.
Kuriokose Elias Chavara foi o fundador da primeira congregação católica masculina na Índia e cofundador da primeira congregação feminina, da qual fez parte Eufrasia Eluvathingal, também conhecida como "Rose".
A Igreja indiana, que segundo a tradição remonta à chegada ao sul da Índia de São Tomás, um dos 12 apóstolos de Jesus, é minoritária (cerca de dois por cento da população), mas muito ativa no campo social e educacional.
A convivência inter-religiosa é difícil em algumas áreas, especialmente com grupos extremistas hindus.
O papa canonizou ainda os italianos Amato Roncani, um dos primeiros adeptos da espiritualidade franciscana no século XIII, Nicola da Longobardi, um franciscano do século XVII, Giovanni António Farina, conhecido em Itália no século XIX com o "bispo dos pobres" pelo seu empenho na educação das jovens desfavorecidas, e Ludovico da Casoria, fundador dos "Irmãos da Caridade", que lutou pelo resgate de crianças africanas à escravatura.
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