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Primeiro-ministro garante apoio de comunidade internacional ao Fogo
O primeiro-ministro cabo-verdiano garantiu que o país contará com apoio dos parceiros internacionais para fazer face aos estragos causados pela erupção do vulcão do Fogo e que a única questão tem a ver com a coordenação das ajudas.
© Lusa
Mundo Cabo Verde
Em declarações aos jornalistas após um encontro com a representante das Nações Unidas, o corpo diplomático e as agências de cooperação em Cabo Verde, José Maria Neves indicou que as necessidades imediatas da comunidade desalojada são casas de banho portátil, macas, ambulâncias, camiões para transporte de água e combustíveis, alimentos e medicamentos.
"Há uma lista imediata de necessidade que já estão a ser supridas e a fragata que chegará de Portugal na terça-feira trará medicamentos, equipamentos para a proteção civil e meios de comunicação", indicou o chefe do Governo.
José Maria Neves, que não precisou valores a serem disponibilizados pelos parceiros, referiu que o Executivo está a estruturar os apoios a médio e longo prazo, para poder ajudar as famílias afetadas no desenvolvimento e fomento de atividades geradoras de rendimento.
O primeiro-ministro indicou que a reunião serviu para dar as "informações genéricas" aos parceiros internacionais e que, a partir de agora, e em coordenação com o Ministério das Relações Exteriores (MIREX), cada parceiro irá definir o seu apoio.
José Maria Neves anunciou que a partir de hoje haverá diariamente um comunicado oficial com todos os dados sobre os desenvolvimentos da erupção vulcânica que começou domingo no Fogo.
Quanto à situação no terreno, o PM cabo-verdiano disse que a erupção continua, "com mais ou menos intensidade" e com o "abrandamento da velocidade das lavas".
"Estamos a acompanhar a situação. A previsão é que a erupção continue nos próximos dias e há o perigo de toda a zona da Portela ficar submersa", temeu José Maria Neves, destacando a onda de solidariedade criada no país e na diáspora para ajudar as gentes de Chã das Caldeiras.
A erupção vulcânica, que se iniciou no domingo, já provocou a destruição de 15 residências na localidade de Portela, 14 cisternas de água, 15 currais, duas casas de apoio à agricultura e uma vasta área rural e agrícola.
A comunidade de Chã das Caldeiras foi evacuada, mas não há registo de vítimas.
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