"Elevo a minha voz para vos transmitir, camaradas da Força Armada Nacional Venezuelana, o renovado e fraterno testemunho de respeito, admiração, gratidão e carinho do povo heróico de Simon Bolívar", afirmou Maduro, que garantiu que transmitiu a mensagem "em nome" e sob "ordens e instruções" de Chávez, noticia a Efe.
O Presidente venezuelano, que foi operado em 11 de Dezembro devido ao cancro que tem, indicou que "neste tempo de Natal, de chegada do Messias e da sua boa nova libertadora" teve de "batalhar outra vez" pela sua saúde e continuou a "consagrar-se por inteiro à felicidade da Venezuela".
Na missiva, Chávez acrescentou: "Aqui, em Havana, na Cuba revolucionária, sento-me cheio de fé em Cristo redentor, na sua misericórdia infinita, cheio de fé no amor do nosso povo, que me dedica orações e bênçãos todos os dias, cheio de fé com o compromisso e a lealdade que a Força Armada Revolucionária me está a demonstrar nesta hora tão complexa e difícil".
Assinalou ainda que se pode afirmar "em sentido genuinamente crítico que o povo de Simon Bolívar é a luz do mundo".
Destacou ainda que uma das razões para que haja pátria na Venezuela "reside em que o povo venezuelano conta com forças armadas leais e verdadeiramente bolivarianas" e com "um corpo essencialmente patriótico, popular, revolucionário, anti-imperialista e socialista".
Chávez, na carta lida por Maduro, que também chefia o governo, considerou ainda que ""é inegável o papel de protagonista desempenhado pelas Forças Armadas Bolivarianas na construção colectiva de uma sociedade cada vez mais justa, em transição para o socialismo".
Maduro, que dirigiu a cerimónia com as tropas na cidade de Barcelona, no leste do país, a que também assistiu a totalidade do governo, disse ter cumprido "com emoção e amor a tarefa" de transmitir a mensagem de Chávez aos militares, a quem recordou "que têm a responsabilidade de garantir a paz e a soberania" da Venezuela, que disse ser "uma terra sagrada", atributo que estendeu aos venezuelanos, "o povo sagrado de Bolívar".
Afirmou ainda que Chávez, "além de Presidente e comandante em chefe ratificado pelo povo soberano (...) é comandante em chefe da uma revolução verdadeira, popular, anti-imperialista e socialista" e todo o povo "em união cívico militar" o reconhece como "comandante em chefe de uma revolução inédita".
Esta é a primeira mensagem de Chávez que é divulgada durante uma cerimónia oficial, desde que em 24 de Dezembro Maduro disse na televisão estatal VTV que tinha conversado telefonicamente durante uns 20 minutos com o Presidente que, garantiu, estava a caminhar e a fazer exercícios e lhe dera "um conjunto de ordens".