"Chegou o momento de o Afeganistão e o Paquistão trabalharem juntos e tomarem medidas efetivas contra o terrorismo e o extremismo", anunciou o presidente afegão, Ashraf Ghani, depois de se reunir em Cabul com o responsável máximo do exército paquistanês, general Raheel Sharif.
Os dois países, ambos com forte presença de grupos extremistas junto à fronteira comum, têm-se acusado mutuamente de não agirem contra os talibãs que se refugiam nas respetivas zonas tribais.
A nova política, segundo um comunicado da presidência afegã, visa "restaurar a paz e a estabilidade no Afeganistão e no Paquistão".
O texto da presidência não refere se Ghani e Sharif abordaram no encontro a entrega do líder do Movimento dos Talibãs do Paquistão, o grupo que reivindicou o ataque à escola, o 'mullah' Fazlullah, que Islamabad suspeita estar escondido no Afeganistão.
A visita do responsável militar paquistanês a Cabul foi anunciada hoje pelo primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, que numa conferência de imprensa durante uma visita à Índia afirmou o empenho do seu governo em garantir a paz não só no seu país como "em toda a região, incluindo o Afeganistão".