Relações com União Europeia continuam a ser prioridade

As relações da Rússia com a União Europeia continuarão a ser uma das prioridades da política externa de Moscovo apesar das tenções criadas pela crise na Ucrânia, lê-se num documento publicado hoje pelo Ministério dos Assuntos Exteriores da Rússia.

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Lusa
27/12/2014 14:36 ‧ 27/12/2014 por Lusa

Mundo

Rússia

"Apesar da complexidade do momento, as relações com a União Europeia, vizinha e maior sócio comercial, continuarão a ser uma das prioridades da política externa russa", assinala o documento,

No documento, intitulado 'Principais acontecimentos da política externa em 2014', destaca-se que o ano que termina se caracterizou por uma "acumulação de elementos de instabilidade e pelo incremento da crise nas relações internacionais, que se encontram numa fase de transição".

O Ministério indicou que este processo, até à formação de uma nova ordem mundial, multilateral, se verifica o afã de dominação de uma série de Estados, que tentam impor os seus interesses sem ter em conta os dos outros participantes na cooperação internacional.

A crise ucraniana foi o "culminar desta política", acrescenta o Ministério, sublinhando que "os Estados Unidos e a União Europeia responderam abertamente ao golpe de Estado anticonstitucional de Kiev" e à campanha militar nas zonas orientais da Urânia.

Segundo Moscovo, a deterioração das relações russas com o ocidente ocorreu com os Estados Unidos, partidários do incremento das sanções contra a Rússia devido à posição assumida perante a crise ucraniana.

"Consideramos que será possível continuar as relações bilaterais com os Estados Unidos a uma situação de estabilidade de Washington manifestar a sua disponibilidade para o diálogo numa base de igualdade e de respeito pelos interesses mútuos", acrescenta o documento.

O Ministério dos Assuntos Exteriores russo refere ainda que Moscovo aplicou "esforços enérgicos" para ajudar a estabelecer uma trégua no leste da Ucrânia e a promover a adoção de medidas políticas para a solução do conflito, que provocou perto de 5.000 mortos e o êxodo de centenas de milhar da Rússia.

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