"Apesar da complexidade do momento, as relações com a União Europeia, vizinha e maior sócio comercial, continuarão a ser uma das prioridades da política externa russa", assinala o documento,
No documento, intitulado 'Principais acontecimentos da política externa em 2014', destaca-se que o ano que termina se caracterizou por uma "acumulação de elementos de instabilidade e pelo incremento da crise nas relações internacionais, que se encontram numa fase de transição".
O Ministério indicou que este processo, até à formação de uma nova ordem mundial, multilateral, se verifica o afã de dominação de uma série de Estados, que tentam impor os seus interesses sem ter em conta os dos outros participantes na cooperação internacional.
A crise ucraniana foi o "culminar desta política", acrescenta o Ministério, sublinhando que "os Estados Unidos e a União Europeia responderam abertamente ao golpe de Estado anticonstitucional de Kiev" e à campanha militar nas zonas orientais da Urânia.
Segundo Moscovo, a deterioração das relações russas com o ocidente ocorreu com os Estados Unidos, partidários do incremento das sanções contra a Rússia devido à posição assumida perante a crise ucraniana.
"Consideramos que será possível continuar as relações bilaterais com os Estados Unidos a uma situação de estabilidade de Washington manifestar a sua disponibilidade para o diálogo numa base de igualdade e de respeito pelos interesses mútuos", acrescenta o documento.
O Ministério dos Assuntos Exteriores russo refere ainda que Moscovo aplicou "esforços enérgicos" para ajudar a estabelecer uma trégua no leste da Ucrânia e a promover a adoção de medidas políticas para a solução do conflito, que provocou perto de 5.000 mortos e o êxodo de centenas de milhar da Rússia.