Grupos islâmicos pedem aos muçulmanos que observem um minuto de silêncio

Os principais grupos islâmicos em França apelaram aos muçulmanos em todo o país para que observem um minuto de silêncio hoje de manhã e aos imãs para que condenem o terrorismo, depois do atentado ao jornal francês Charlie Hebdo, na quarta-feira.

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© Reuters

Lusa
08/01/2015 11:15 ‧ 08/01/2015 por Lusa

Mundo

Paris

Os grupos pediram aos "cidadãos muçulmanos em França que realizem um minuto de silêncio hoje ao meio-dia [11:00 TMG, a mesma hora em Lisboa], a par com o resto da nação, em memória das vítimas do terrorismo".

O apelo, lançado pelas assembleias muçulmanas francesas, também pedia aos imãs para "condenarem a violência e o terrorismo com firmeza máxima" nas orações de sexta-feira.

Os cidadãos muçulmanos também foram instigados a juntar-se "em grande número" num dia de solidariedade nacional, convocado para domingo, em que são esperados manifestantes nas ruas de toda a França.

Três homens vestidos de preto, encapuzados e armados atacaram na manhã de quarta-feira a sede da revista Charlie Hebdo, no centro de Paris, provocando 12 mortos e 11 feridos, quatro dos quais em estado grave.

Os autores gritaram "Allah Akbar" (Alá é Grande) e afirmaram pretender "vingar o profeta" Maomé.

Entre as vítimas do ataque estão os cartoonistas Stéphane "Charb" Charbonnier, 47 anos e diretor da publicação, Jean "Cabu" Cabut, 76 anos, Georges Wolinksi, 80 anos, e Verlhac "Tignous" Bernard, 58 anos.

Na quarta-feira, o mais jovem dos suspeitos do atentado, Hamyd Mourad, de 18 anos, entregou-se à polícia.

De acordo com a agência France Presse, os outros dois suspeitos, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, com 32 e 34 anos, respetivamente, de nacionalidade francesa e referenciados como conhecidos 'jihadistas' pelos Serviços Secretos, terão sido vistos no norte de França.

O jornal Charlie Hebdo tornou-se conhecido em 2006 quando decidiu voltar a publicar 'cartoons' do profeta Maomé, inicialmente publicados no diário dinamarquês Jyllands-Posten e que provocaram forte polémica em vários países muçulmanos.

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