União Europeia novas sanções à Rússia na quinta-feira

Os ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) europeus reúnem-se na quinta-feira à tarde num Conselho de Ministros extraordinário para discutir o agravamento da situação no Leste da Ucrânia e a possível adoção de novas sanções contra a Rússia.

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Lusa
28/01/2015 13:03 ‧ 28/01/2015 por Lusa

Mundo

MNE

Os chefes da diplomacia dos 28 vão reunir-se na sequência do bombardeamento, no sábado, na cidade ucraniana de Mariupol, que mataram 30 civis.

A reunião dos MNE , na qual Portugal estará representado pelo ministro Rui Machete, antecede um Conselho Europeu informal, agendado para 12 de fevereiro, em que o conflito na Ucrânia será debatido.

Na terça-feira, o Conselho Europeu emitiu um comunicado, em nome dos 28, condenando o agravamento dos conflitos e apontando o dedo ao apoio de Moscovo aos rebeldes separatistas.

No mesmo dia, o novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse, também através de um comunicado, não ter sido contactado sobre a declaração conjunta, da qual salientou discordar.

O gabinete do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, garantiu, por seu lado, que os procedimentos habituais "foram respeitados" e que em casos como este o silêncio de um país é tomado por concordância.

As autoridades de Kiev responsabilizaram as milícias separatistas pró-russas pelo bombardeamento de Mariupol. Os rebeldes haviam anunciado, pouco antes do ataque, uma ampla ofensiva em todo o leste da Ucrânia.

As acusações do Governo ucraniano foram apoiadas por uma missão de observadores da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE), que se deslocou ao local e constatou que o ataque foi realizado com lança-mísseis, disparados das zonas controladas pelos rebeldes pró-russos.

Os observadores internacionais assinalaram que os mísseis foram disparados de uma distância de 19 a 15 quilómetros em relação ao local onde caíram, de localidades a leste e noroeste de Mariupol, que está nas mãos dos separatistas.

Uma trégua foi assinada em setembro na capital da Bielorrússia, Minsk, mas rapidamente violada.

O conflito armado no leste da Ucrânia já fez mais de 5.000 mortos, desde que teve início em abril, segundo dados da ONU.

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