Os chefes da diplomacia dos 28 vão reunir-se na sequência do bombardeamento, no sábado, na cidade ucraniana de Mariupol, que mataram 30 civis.
A reunião dos MNE , na qual Portugal estará representado pelo ministro Rui Machete, antecede um Conselho Europeu informal, agendado para 12 de fevereiro, em que o conflito na Ucrânia será debatido.
Na terça-feira, o Conselho Europeu emitiu um comunicado, em nome dos 28, condenando o agravamento dos conflitos e apontando o dedo ao apoio de Moscovo aos rebeldes separatistas.
No mesmo dia, o novo primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, disse, também através de um comunicado, não ter sido contactado sobre a declaração conjunta, da qual salientou discordar.
O gabinete do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, garantiu, por seu lado, que os procedimentos habituais "foram respeitados" e que em casos como este o silêncio de um país é tomado por concordância.
As autoridades de Kiev responsabilizaram as milícias separatistas pró-russas pelo bombardeamento de Mariupol. Os rebeldes haviam anunciado, pouco antes do ataque, uma ampla ofensiva em todo o leste da Ucrânia.
As acusações do Governo ucraniano foram apoiadas por uma missão de observadores da Organização para a Cooperação e Segurança na Europa (OSCE), que se deslocou ao local e constatou que o ataque foi realizado com lança-mísseis, disparados das zonas controladas pelos rebeldes pró-russos.
Os observadores internacionais assinalaram que os mísseis foram disparados de uma distância de 19 a 15 quilómetros em relação ao local onde caíram, de localidades a leste e noroeste de Mariupol, que está nas mãos dos separatistas.
Uma trégua foi assinada em setembro na capital da Bielorrússia, Minsk, mas rapidamente violada.
O conflito armado no leste da Ucrânia já fez mais de 5.000 mortos, desde que teve início em abril, segundo dados da ONU.