O caso foi tornado público depois de um jovem adulto ter endereçado uma carta ao papa Francisco, em que alegava ter sido vítima de abusos sexuais por parte de membros da arquidiocese de Granada (sul de Espanha).
Segundo o auto de acusação, citado pela agência francesa AFP, os 12 indiciados são acusados de participação em abusos sexuais de um menor entre 2004 e 2007, como autores ou cúmplices.
Pelo número de envolvidos, este é o caso de pedofilia mais grave relacionado com a Igreja espanhola.
O jovem adulto, atualmente com 25 anos e que assume ser membro da instituição católica Opus Dei, afirma ter sido abusado e violado por um elemento sénior entre os 14 e os 17 anos de idade, com a participação ou a cumplicidade dos outros acusados.
Os abusos, segundo a vítima, ocorreram numa casa em Granada.
No auto de acusação, o magistrado responsável pelo processo, o juiz António Moreno, considerou que os 12 indiciados terão cometido crimes como agressão e abuso sexual, exibicionismo e outros, como participantes ou cooperantes que encobriram os atos.
No entanto, antes de prosseguir com o processo, o juiz deu um prazo de 10 dias para as partes se pronunciarem sobre se os crimes podem estar prescritos, por causa do período de tempo que passou entre os factos e a apresentação da queixa.
A 25 de novembro, o papa Francisco expressou "uma grande tristeza" depois de ter tido conhecimento do envolvimento dos padres espanhóis. Na altura, o pontífice afirmou ter tido recebido uma carta da vítima a denunciar os factos.
Desde que assumiu a liderança da Santa Sé, em março de 2013, o papa Francisco defende uma tolerância zero contra a pedofilia, flagelo que poderá ter feito dezenas de milhares de vítimas e que desacreditou fortemente a Igreja católica.