Estado Islâmico divulga vídeo de decapitação do refém japonês

O grupo radical Estado Islâmico divulgou hoje um vídeo em que mostra a decapitação do refém japonês Kenji Goto, capturado na Síria.

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© Reuters

Lusa
31/01/2015 20:41 ‧ 31/01/2015 por Lusa

Mundo

Beirute

Nas imagens, vê-se Goto de joelhos, vestido com um fato cor de laranja, enquanto um homem encapuzado, de pé, atrás dele, empunha uma faca e responsabiliza o Governo japonês pela sua chacina.

O vídeo termina com uma fotografia com o corpo deitado do japonês e a cabeça atrás.

O membro do autointitulado Estado Islâmico (EI) aparenta ser o homem conhecido como Jihadi John e dirige uma mensagem ao Governo de Tóquio, falando com pronúncia do sul de Inglaterra.

"Vocês, tal como os vossos aliados ridículos na coligação satânica, ainda têm de perceber que nós, pela graça de Alá, somos um califado islâmico com autoridade e poder, um exército inteiro sedento do vosso sangue", diz o homem.

O elemento do grupo 'jihadista' fala depois diretamente para o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

"Por causa da sua decisão imprudente de participar numa guerra que é impossível vencer, esta faca vai chacinar não apenas Kenji, mas vai continuar e causar carnificina onde quer que o seu povo se encontre. Então, que comece o pesadelo para o Japão", afirma.

A mensagem não faz qualquer referência ao piloto jordano que também foi feito refém e ameaçado de execução.

Na quinta-feira, o Estado Islâmico ameaçara executar em 24 horas Kenji Goto, um jornalista de 47 anos capturado presumivelmente em finais de outubro, e o piloto jordano Maaz al-Kassasbeh, feito refém a 24 de dezembro depois de o seu avião, um F-16 da Força Aérea da Jordânia, ter caído na região de Raqqa, no norte da Síria.

No início desta semana, os 'jihadistas' anunciaram que tinham executado um outro refém nipónico, Haruna Yukawa, sequestrado em meados de agosto do ano passado, quando alegadamente dava apoio logístico a um grupo rebelde implicado na guerra civil síria e rival do EI.

O grupo radical reclamara que o Governo japonês pagasse 200 milhões de dólares (172 milhões de euros) pela libertação dos dois cidadãos nipónicos.

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