Eletricidade de Moçambique espera resolver amanhã apagão

A Eletricidade de Moçambique (EdM) espera resolver até terça-feira o corte de energia que deixou às escuras, desde 12 de fevereiro, 350 mil clientes no centro e norte do país, em resultado das cheias na província da Zambézia.

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Lusa
02/02/2015 09:52 ‧ 02/02/2015 por Lusa

Mundo

Clientes

Os trabalhos dos técnicos da elétrica moçambicana estavam avançados ao fim do dia de domingo, na reconstrução de uma torre destruída pela força das águas, no sul da bacia do Licungo, e na recuperação de outras nove afetadas a 12 de janeiro, informa hoje o diário Notícias, citando um administrador da EdM.

Anteriormente, a empresa esperava terminar as obras de reconstrução no sábado, mas as chuvas que têm caído na região atrasaram os trabalhos, mantendo sem energia 350 mil clientes no norte da Zambézia e também nas províncias de Nampula, Cabo Delgado e Niassa.

Embora os prejuízos associados às cheias não sejam ainda conhecidos, são já percetíveis alguns dos seus impactos económicos, como no caso do setor energético, em que só a EdM regista perdas diárias de cerca 177,2 mil euros, valor que deverá ser revisto em alta a partir do momento em que foi necessário associar um helicóptero às obras de reconstrução.

As chuvas estão também a atrasar a reconstrução da ponte de Mocuba, província da Zambézia, e que ficou parcialmente destruída pelas cheias, a 12 de janeiro, tornando-se no símbolo do desastre, que já matou pelo menos 117 pessoas.

As autoridades esperavam terminar os trabalhos na ponte de Mocuba a 15 de fevereiro, mas o prazo pode ficar comprometido pelas chuvas, admitiu o delegado provincial da Administração Nacional de Estradas na Zambézia, Daniel dos Santos, também citado no Notícias.

A destruição da ponte implicou o corte da única estrada que liga o centro ao norte de Moçambique, deixando o setor dos transportes no caos e provocando dificuldades de abastecimento às províncias do norte do país.

Em comunicado, o Ministério dos Transportes e Comunicações anunciou que vai usar meios marítimos e ferroviários para ultrapassar as limitações de circulação por via rodoviária.

Serão ativados os portos da Maputo, Beira, Quelimane, Nacala e Pemba, bem como as linhas ferroviárias da Beira e de Nacala.

 

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