A informação foi avançada à agência Lusa pela presidente do Instituto Nacional de Meterologia e Geofísica (INMG) de Cabo Verde, Éster de Brito, à propósito do 16.º encontro da Associação Regional Africana da Organização Metrológica Mundial, e que antecede a 3.ª Conferência Ministerial Africana sobre a Meteorologia, que acontece de 10 a 14 deste mês, ambos os eventos na capital cabo-verdiana.
"Cabo Verde, como membro da região oeste africana, vai apresentar o que tem em curso, como a implementação do centro de investigação climática para a CPLP. É um projeto que pretendemos fazer a sua instalação até o mês de maio e nós queremos que, futuramente, venha a ser um centro regional de serviços climáticos, não só para a CPLP, mas para toda a África Ocidental", disse.
A responsável pelo INMG recordou que a proposta já foi aprovada no seio da CPLP, pelo que agora será apresentada aos Estados da região ocidental africana.
Éster de Brito referiu que o 16.º encontro da Associação Regional Africana da Organização Meterológica Mundial é uma reunião técnica onde serão apresentados propostas e projetos e onde serão analisados o que os países estão a executar e as necessidades para a África.
Já durante conferência dos ministros africanos responsáveis pela meterologia, organizada pela Organização Mundial de Meterologia e pela União Africana, serão aprovados os documentos e as propostas, mas serão debatidos outros assuntos, como a execução implementação de um plano estratégico integrado sobre metrologia para a África.
"Os países vão debater formas de fortalecer e capacitar os institutos e serviços de meterologia, para poderem dar respostas às questões que neste momento afetam muito a África, como as mudanças climáticas, secas prolongadas, entre outros eventos extremos", sublinhou a responsável.
"Com as mudanças climáticas, é importante inserir nos planos de desenvolvimento as informações climáticas, específicos, de forma a possibilitar uma planificação mais correta, já prevendo alguma mudança do clima ou algum evento que pode afetar um programa de pesca ou de turismo, por exemplo", prosseguiu.
Os dois eventos vão contar com a participação de mais de uma centena de especialistas africanos e também europeus, como Portugal e Espanha.