A discussão é antiga e as conclusões estão ainda para ser descobertas – afinal, o amor existe? A procura da resposta a esta pergunta é particularizada diariamente por casais à espera de dar o passo certo numa determinada fase da vida.
E se existisse uma forma de aferir, de facto, se existe amor numa determinada relação?
Uma equipa de investigação britânica fez, nos anos 80, duas perguntas a 4,242 casais e depois voltou a repetir as questões, seis anos mais tarde. As perguntas são: ‘Quão feliz está no seu casamento em comparação com o que estaria se estivesse sozinho?’ e ‘Como é que acha que o seu conjugue respondeu a esta questão?’.
Leora Friedberg e Steven Stern, dois economistas da Universidade da Virginia, nos EUA, decidiram voltar a analisar as conclusões do estudo e descobriram que estas podem ser aplicadas à realidade e que as discrepâncias entre o que uma pessoa pensa da felicidade da outra, numa relação, podem predizer o futuro da mesma.
Muitas das pessoas que responderam que estavam tão bem sozinhas como com o companheiro acabariam por se separar, por exemplo. No entanto, as pessoas que sobrestimavam a felicidade do companheiro foram quem mais se separou, no espaço de seis anos.
Apenas 40.9% das pessoas acertaram nas respostas dos companheiros, ou seja, quase 60% dos casais estavam enganados em relação ao que o parceiro sentia.