"A última solução no leste da Ucrânia será diplomática e política", defendeu o general norte-americano Philip Breedlove à margem da conferência de segurança de Munique, saudando a recente iniciativa franco-alemã para tentar convencer as partes a cessar as hostilidades.
"Mas não acredito que devamos excluir a possibilidade de uma opção militar" associada às sanções adotadas pela União Europeia (UE) e pelos Estados Unidos contra a Rússia.
"Falamos mais especificamente em armas (...) e de capacidade", que fazem falta ao exército ucraniano, especificou Breedlove.
Na Ucrânia, depois de várias semanas de violentos confrontos, nos últimos dias estes pareciam ter diminuído de intensidade, coincidindo com o anúncio de uma proposta de paz franco-alemã, que tanto a França como a Alemanha apresentaram em Kiev e Moscovo.
Na sexta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Francois Hollande, mantiveram negociações sobre a Ucrânia no Kremlin até à meia-noite com o líder russo, Vladímir Putin.
As três partes consideraram as consultas "construtivas", mas nenhum dos mandatários fez declarações à imprensa para explicar os resultados das conversações ou o conteúdo do plano de paz para solucionar o conflito na Ucrânia.
Analistas, citados pela agência noticiosa Efe, afirmaram que o facto de as partes terem concordado em prosseguir as consultas hoje e no domingo, depois de a Alemanha ter recusado um eventual fornecimento de armamento a Kiev, é um bom sinal para uma possível solução para o conflito.
A única coisa que se sabe é que a Alemanha, a França e a Rússia e a Ucrânia elaboraram um documento conjunto com base nos acordos de paz de Minsk de setembro de 2014, que também deverá ser aprovado pelos separatistas.
Os especialistas advertem que agora a dúvida é onde se traçará a linha de separação entre ambas as partes, já que as milícias pró-russas reconquistaram desde o princípio do ano centenas de quilómetros quadrados de terreno.
Washington afirmou estar ao par do plano e apoiou a iniciativa diplomática europeia, mas advertiu que podia fornecer armamento defensivo a Kiev, caso se mantenha a atual escalada do conflito na Ucrânia.