Por outro lado, segundo um especialista deste 'think tank' britânico, qualquer tentativa de fornecer equipamento militar à Ucrânia seria rapidamente ultrapassada por um reforço da entrega de armamento russo aos separatistas.
O exército ucraniano é demasiado dependente de material da era soviética, que devia "ser melhorado", ou mesmo substituído, afirma o instituto no seu relatório anual sobre o equilíbrio de forças militares no mundo, apresentado hoje em Londres.
Apenas uma "pequena proporção" das forças terrestres e aéreas está "preparada para combate".
As forças de Kiev precisam de novos equipamentos, desde "veículos reforçados contra minas" a "mísseis de precisão", acrescenta-se no relatório.
Mas, modernizar o exército ucraniano, em pleno conflito, enfrentaria dificuldades, como sublinhou um especialista do IISS, Ben Barry, em conferência de imprensa: "Seria como tentar modificar um automóvel em andamento".
Os Estados Unidos, que nos últimos dias admitiram a possibilidade de fornecer armas à Ucrânia, podem proceder "com relativa rapidez" a entregas de armas, mas "a questão é saber se as forças ucranianas seriam capazes de as utilizar adequadamente com rapidez suficiente", explicou.
Por outro lado, em termos políticos, o anúncio de entregas de armas a Kiev poderia "desencadear uma escalada com a Rússia", que assumiria o fornecimento de armas aos separatistas e que "as pode introduzir muito mais rapidamente do que os Estados Unidos", disse.
No relatório apontam-se como grandes desafios do exército ucraniano a gestão dos batalhões de voluntários e "as táticas e doutrinas prevalecentes nos anos 1990, herdadas da era soviética, que são globalmente desadequadas ao atual conflito em zonas urbanas".