Líder do PSOE diz que país também se deve ajudar a si próprio

O secretário-geral do PSOE, Pedro Sánchez, afirmou hoje que a Europa precisa de ajudar a Grécia, mas que esta também precisa de se ajudar a si própria, acelerando reformas fiscais e da administração pública.

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Lusa
21/02/2015 13:16 ‧ 21/02/2015 por Lusa

Mundo

Grécia

"A Europa precisa de encontrar uma solução duradoura para a Grécia. E esta não surge de ameaças unilaterais ou impulsos nacionalistas. O caminho é mais Europa, mas uma Europa diferente", disse hoje Pedro Sanchez, na abertura da conferência de líderes socialistas europeus, em Madrid.

O líder do PSOE falava perante cerca de 40 líderes socialistas europeus, entre os quais o secretário-geral do PS, Antonio Costa, e vários primeiros-ministros europeus, como Manuel Valls (França), Victor Ponta (Roménia), Stefan Lofven (Suécia), bem como o vice-chanceler da Alemanha com a pasta da Economia e líder do SPD, Sigmar Gabriel, o presidente do Partido Socialista Europeu, Sergei Stanishev, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.

"A solução para a Grécia deve surgir de um plano conjunto, que responda genuinamente às preocupações do povo grego, mas que seja também aceitável para os governos da UE e os povos que representam", acrescentou Pedro Sanchez.

Para o líder socialista europeu, a "Europa deve ajudar a Grécia e a Grécia também tem de ajudar-se a si mesma".

"O Governo grego deve acelerar as reformas na sua administração pública, combater de forma séria a fraude fiscal e estabelecer um sistema fiscal verdadeiramente progressivo, para conseguir um maior e mais inclusivo crescimento", realçou.

Na sexta-feira, a Europa comprometeu-se a estender o financiamento à Grécia por mais quatro meses, mas sob condições estritas que vão ser analisadas na próxima semana.

O acordo foi alcançado à custa de muitos compromissos estabelecidos com o Governo do Syriza, depois de um encontro chamado de "trabalhoso" pelo político francês, naquela que foi a terceira reunião em menos de dez dias para que os 19 ministros da zona euro finalizassem um compromisso.

Atenas deve apresentar até segunda-feira uma lista de reformas para ser aprovado pelos credores, agora referidas como "instituições" (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), porque os gregos não queriam ouvir mais falar da 'troika'.

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