Os rebeldes tomaram o poder no Iémen no início deste mês, a que se seguiu a renúncia do presidente, Abderabbu Mansur Hadi, e do governo de Khaled Bahah, sob pressão dos rebeldes.
Mansur Hadi, que esteve sob prisão domiciliária, fugiu no sábado para a cidade de Aden e renunciou à demissão, que nunca chegou a ser aprovada pelo parlamento, afirmando-se como chefe de Estado.
No domingo, o Comité Revolucionário Supremo, formado pelos 'huties', designou o primeiro-ministro Bahah e a sua equipa como novo governo em funções.
Num comunicado citado hoje pela agência EFE, os rebeldes afirmam que 16 dos 36 ministros aceitaram reassumir os cargos.
Segundo um porta-voz do governo, Rayeh Badi, citado pela mesma agência horas antes, os membros do executivo recusam a nomeação do Comité Revolucionário Supremo, pelo que "a demissão é definitiva e não há volta atrás".
Em Aden, cidade portuária do sudoeste do país, Mansur Hadi manteve reuniões com representantes provinciais e políticos para tentar contrariar a influência dos 'huties', que controlam a capital, Sanaa, e várias províncias do norte e oeste do país.
Os encontros seguem-se à recusa dos rebeldes à proposta feita no domingo pelo presidente e transferir as negociações em curso para "local seguro" fora da capital.
Mansur Hadi defende o reinício do processo de transição política, num impasse desde que os 'huties' entraram na capital, em setembro.
O processo prevê a transformação da república numa federação de seis regiões, o que é recusado pelos 'huties' por considerarem corresponder a uma divisão do país entre zonas ricas e pobres.