De acordo com o Colégio Oficial de Geólogos (ICOG), a energia libertada no sismo (de 5,2 graus na escala de Richter) foi o equivalente a uma explosão de 100 toneladas de TNT.
O ICOG explicou em comunicado que "o mais estranho nesta libertação de energia é que se produziu numa zona intraplacas tectónicas, onde poucas vezes se registam terramotos".
O presidente da entidade, Luis Suárez, acrescentou que - segundo dados do instituto geológico norte-americano, o sismo sentiu-se com maior intensidade nas localidades de Alcantarilla (Múrcia), Aranjuez, Coslada, San Fernando de Henares Getafe e Ajalvir (Madrid).
O Instituto Geográfico Nacional (IGN) espanhol, por outro lado, informou que o terramoto sentiu-se em todas as Comunidades Autónomas de Espanha excepto duas, a Galiza e a Catalunha.
Os dados do IGN indicam que o epicentro do sismo foi na localidade de Ossa de Montiel (uma localidade com 2.500 habitantes a 85 quilómetros de Albacete), a uma profundidade de 10 quilómetros.
O terramoto de hoje ocorreu perto da falha geológica de Lorca (Murcia), a mesma onde ocorreu um terramoto em maio de 2011, que provocou nove mortos, 324 feridos e avultados danos materiais. O sismo de hoje foi o mais intenso em Espanha desde 2012 (quando ocorreu um abalo de 5,6 graus na costa Atlântica frente a Laliín (Pontevedra).
Na sequência do tremor de terra, o serviço de urgências 112 da comunidade de Castilla-La Mancha recebeu 960 chamadas telefónicas, essencialmente pedidos de informação.
O maior número de chamadas registou-se nos primeiros 15 minutos após o tremor, ou seja entre as 17:15 e as 17:30 (enter as 16:15 e as 16:30 em Lisboa).
O terramoto teve depois várias réplicas, a maior das quais com uma magnitude de 3,1 graus, informou a Proteção Civil espanhola.
Segundo a Delegação do Governo da comunidade de Castilla-La Mancha e os serviços do número de emergência 112, o sismo não causou danos pessoais ou estruturais de monta.
O único incidente relacionado com o sismo e registado pelo Centro de Coordenação de Emergências foi a evacuação da Clínica de Recoletas de Cuenca, por precaução.
De acordo com a Rede Sísmica Espanhola, a Espanha regista cerca de 2.500 terramotos todos os anos, mas a maioria deles é tão leve que a população só chega a dar-se conta de dois por mês, em média.