Numa intervenção no Conselho de Ministros, transmitida via televisão, Alexis Tsipras afirmou que queria que esta fosse a primeira lei do novo governo helénico, devido ao seu grande valor "simbólico".
A proposta de lei, centrada no combate à crise humanitária que afeta atualmente a Grécia, prevê oferecer casas a 30 mil pessoas que neste momento não têm local de residência, mas também disponibilizar luz gratuita a milhares de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza.
Nos próximos dias, o executivo grego vai igualmente reunir todo o material relacionado com a investigação a pessoas que tiraram dinheiro do país, um primeiro passo na luta contra a evasão fiscal, acrescentou o primeiro-ministro.
Tsipras também anunciou que o executivo helénico vai apresentar na próxima semana propostas de lei que preveem a proibição dos despejos de casas e a melhoria das condições de pagamento de dívidas às Finanças e à Segurança Social.
Para quinta-feira está prevista a apresentação de uma proposta de lei ao parlamento para a reabertura da televisão pública ERT e a readmissão de todos os trabalhadores despedidos que queiram reintegrar a estação.
A proposta de lei prevê "o regresso ao trabalho dos despedidos de 11 de junho de 2013 (data do encerramento) que o desejem", disse fonte governamental citada por agências internacionais.
O encerramento da ERT, em 2013, suscitou forte contestação tanto na Grécia como em vários países europeus.
Fontes do governo helénico adiantaram hoje que todos os trabalhadores despedidos desejam regressar ao operador público.
Após duras negociações, os ministros das Finanças da zona euro (Eurogrupo) aceitaram na terça-feira um plano de reformas apresentado pelo governo grego como contrapartida do prolongamento até junho do programa de assistência, que terminava no sábado.
Hoje, a câmara baixa do parlamento alemão aprovou por ampla maioria a extensão do programa de assistência financeira à Grécia.