Dois dos trabalhadores são do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) e o terceiro é funcionário da UNICEF, disse hoje um porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, acrescentando que a expulsão pode ter "um grande impacto nas ações de ajuda em termos da capacidade de realizar operações a nível local, bem como nas negociações que permitem a passagem segura de ajuda humanitária".
A decisão foi tomada um dia antes de o enviado da ONU, Staffan de Mistura, se deslocar a Damasco para conversações com altos funcionários sírios sobre planos de congelar os combates no norte da cidade de Aleppo.
De acordo com o porta-voz, a Síria não apresentou qualquer motivo para a expulsão dos trabalhadores humanitários que, como Dujarric reiterou, são neutros e imparciais nas guerras, visando apenas "apoiar as populações civis que têm sofrido com estes últimos anos do conflito na Síria", onde se estima que 12,2 milhões de pessoas precisem de ajuda, estando 40% delas praticamente inacessíveis.
Entretanto, Amanda Pitt, porta-voz do OCHA, disse que a ONU está a tentar obter informações sobre o destino dos seus dois funcionários, que não se sabe se ainda permanecem no país, querendo também confirmar os moldes da expulsão junto do Governo sírio.
As Nações Unidas têm acusado repetidamente o Governo de bloquear a ajuda humanitária, uma vez que, desde dezembro, não é entregue comida nas áreas controladas pelo grupo Estado Islâmico.