Tsipras acusa Portugal e Espanha de conspiração

Foi num discurso para os membros do Syriza que Alexis Tsipras declarou que Espanha e Portugal estão a tentar levar o seu governo para o "abismo".

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Notícias Ao Minuto com Lusa
28/02/2015 15:15 ‧ 28/02/2015 por Notícias Ao Minuto com Lusa

Mundo

Grécia

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras acusou Espanha e Portugal de conspiração conservadora para derrubar o seu governo.

Num discurso para os membros do Syriza, Tsipras afirmou que Madrid e Lisboa tentam derrubar o seu governo, dizendo que os executivos temem as suas próprias forças radicais antes das eleições.

“Encontramos a oposição de um eixo de poder, liderado pelos governos de Espanha e Portugal, que por óbvias razões políticas tentaram levar as negociações para o abismo”, afirmou, segundo a Reuters.

"O seu plano era e é desgastar-nos, derrubar o nosso governo e levá-lo a uma rendição incondicional antes que o nosso trabalho comece a dar frutos e antes que o exemplo da Grécia afete outros países, principalmente antes das eleições em Espanha", previstas para o final deste ano, acrescentou.

Numa entrevista hoje publicada no jornal Expresso, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, afirma que Portugal esteve "alinhado com todos os outros 17 países da zona euro" e diz que "pode ter havido politicamente a intenção de criar" a ideia de que Portugal teria sido um dos países mais exigentes com Atenas, "mas ela não é verdadeira".

Segundo Tsipras, o plano do ex-primeiro-ministro conservador Antonis Samaras e do Partido Popular Europeu (PPE) - a família política europeia a que pertencem os partidos da coligação de governo em Portugal (PSD e CDS-PP) e o partido de governo em Espanha (PP) - era provocar um desgaste prematuro no governo Syriza.

"Tentaram empurrar-nos para concessões inaceitáveis, sob a ameaça de um colapso", para semear a deceção na população e nas bases do Syriza, disse Tsipras, citado pela agência EFE.

O objetivo, afirmou, era fazer fracassar o governo grego ou, pelo menos, levar à formação de um executivo "de duvidosa legitimidade moral e política", como o governo dirigido pelo tecnocrata Lukas Papademos, que liderou a Grécia interinamente após a demissão do social-democrata Georges Papandreou em 2011.

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