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Equipa analisa alimentos ingeridos pelo Presidente turco

Uma equipa médica e científica submete a análises minuciosas todos os alimentos e todas as bebidas consumidas pelo Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, de forma a prevenir eventuais tentativas de envenenamento, divulgou hoje o diário turco Hurriyet.

Equipa analisa alimentos ingeridos pelo Presidente turco
Notícias ao Minuto

16:23 - 03/03/15 por Lusa

Mundo Alimentação

"Os atentados não são mais cometidos com armas, mas através da comida", assegurou ao jornal turco Cevdet Erdol, médico pessoal de Erdogan e igualmente deputado do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, partido no poder).

"Os alimentos e bebidas são analisados segundo critérios internacionais, procurando vestígios de radiação, matérias químicas, metais pesados e bactérias", especificou.

A equipa composta por cinco pessoas trabalha todos os dias, durante 24 horas, no palácio presidencial e as amostras são analisadas em vários laboratórios em Ancara e Istambul.

"Um laboratório também será instalado no palácio", disse Cevdet Erdol, sublinhando a necessidade de prevenir qualquer ataque tóxico, químico, radioativo ou biológico que possa visar o chefe de Estado turco, de 61 anos.

Até à data, segundo o médico, não foi encontrada qualquer substância suspeita nas amostras recolhidas.

"Todos os líderes mundiais tomam medidas de segurança e de proteção contra assassinatos. Mas acredito que estamos mais avançados nesta área do que os outros países", concluiu Cevdet Erdol.

Erdogan (islâmico conservador), que foi chefe do Governo entre 2003 e 2014 antes de ser eleito para o mais alto cargo do país, é criticado pelas suas posições radicais e autoritárias, mas também pela sua megalomania.

O oitavo Presidente turco, Turgut Ozal, morreu no seu escritório em 1993 na sequência de um ataque de coração. A família do governante e uma grande parte da sociedade turca sempre alegaram um possível envenenamento.

Uma autópsia realizada em 2012 após a exumação do cadáver do antigo líder confirmou a presença de tóxicos, mas não esclareceu se as substâncias tinham sido a causa da morte.

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