"Não é um exército para mobilizar de imediato, mas um exército comum dos europeus serviria para demonstrar à Rússia que nós tomamos a sério a defesa dos valores da União Europeia", afirmou Juncker numa entrevista que é publicada hoje no semanário alemão 'Welt am Sonntag'.
De acordo com o presidente da Comissão, o exército contribuiria assim para o desenho de "uma política externa e de segurança comum e para dar resposta de forma conjunta às responsabilidades da Europa no mundo", mas sem representar uma concorrência com a NATO.
A ministra da Defesa da Alemanha, Ursula von der Leyen, também já se tinha pronunciado a favor desta ideia em fevereiro, admitindo que não seria, ainda assim, para implementar a curto prazo.
Da mesma maneira que está convencida que não serão os seus filhos, mas sim os seus netos, a viver nuns Estados Unidos da Europa, a ministra sublinhou então o objetivo de criar umas forças armadas europeias.
As declarações de Juncker tiveram já uma reação de um deputado russo, que classificou esta ideia de "paranoia".
"Estamos perante uma versão europeia de paranoia: declarar a necessidade de criar um exército unido para fazer frente à Rússia, que não tem o propósito de estar em guerra com ninguém", escreveu o deputado Leonid Slutski, presidente da comissão parlamentar para os Assuntos da Comunidade de Estados Independentes, na sua conta na rede social Twitter.