Os corpos, cuja data de inumação não foi ainda determinada, poderão pertencer a prisioneiros que trabalhavam naquelas terras, segundo o governo provincial, que está a proceder a análises para tentar obter elementos sobre a identidade dos mortos.
As autoridades municipais e provinciais visitaram a quinta na semana passada, alertadas por um "sangoma", guerreiro tradicional que disse ter sido conduzido até ao local "pelos espíritos", adiantou à agência francesa AFP Msizi Zulu, da autarquia de Vulamehlo, comuna onde se situa a exploração de cana-de-açúcar.
"Não sabemos exatamente se eles foram enterrados em caixões ou apenas lançados para a fossa", disse.
As terras agrícolas em questão são atualmente exploradas pela empresa Illovo, que as comprou em 1989, cinco anos antes da queda do regime segregacionista do apartheid, e que já disse não ter tido conhecimento prévio da fossa.
"Jamais empregámos, nem empregamos atualmente, prisioneiros em qualquer das nossas empresas", assegurou a empresa, em comunicado, acrescentando ter sido informada que um edifício em ruínas, coberto por vegetação, situado numa zona não explorada da quinta, era efetivamente uma antiga prisão.