O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) da Andaluzia ganhou no sábado as eleições autonómicas naquela região, com 47 deputados, sem maioria absoluta, e com os partidos emergentes Podemos (15 deputados) e Ciudadanos (9) a entrarem com forte representação no parlamento andaluz.
Em declarações hoje à agência Lusa, o politólogo Manuel Villaverde Cabral disse que os resultados "foram muito significativos" para o Podemos e para os Ciudadanos, confirmando as sondagens.
"Apesar de tudo, o PSOE venceu, mesmo sem maioria absoluta, o que veio demonstrar que a Andaluzia é uma região politicamente conservadora, no sentido em que não mudou a votação", disse.
No entender de Manuel Villaverde Cabral, quem perdeu "verdadeiramente" nestas eleições foram a Esquerda Unida e o PP.
"Agora vamos ver como vai evoluir a situação, o que vai fazer o PSOE, se vai fazer alguma coligação. Seria importante se Susana Díaz subisse ao poder no partido", concluiu.
Com a quase totalidade (99,41%) dos votos escrutinados, o PSOE, com Susana Díaz como cabeça de lista, conseguiu ganhar as eleições e igualar o resultado obtido no escrutínio de 2012, quando foi a segunda força política (com 47 deputados).
O grande perdedor da noite foi o PP andaluz (com Juan Manuel Moreno à frente da lista), que conseguiu apenas 33 deputados (ou seja, perdendo 17 assentos face aos 50 das eleições de 2012).
Ao contrário do PSOE, o PP perdeu votos para todos os partidos, sobretudo para os emergentes Podemos e Ciudadanos, que se apresentaram pela primeira vez a votos na Andaluzia.
A Izquierda Unida (comunistas) confirmou os maus resultados que as sondagens apontavam e elegeu 5 deputados, menos de metade dos 12 assentos obtidos em 2012.