O copiloto que fez despenhar o voo da Germanwings, levando consigo mais 149 pessoas, estava a receber acompanhamento psiquiátrico até ao dia antes do acidente.
Ao que tudo indica, o jovem de 28 anos estava a ser tratado em virtude de uma depressão e, até à semana passada, ainda estava a receber acompanhamento. O facto de a namorada ter colocado fim ao relacionamento há poucas semanas, poderá ter agudizado os sintomas depressivos.
De acordo com o jornal Bild, que cita documentos do regulador alemão, o Luftfahrtbundesamt (LBA), o copiloto procurou ajuda psiquiátrica para um "surto de depressão agudo" em 2009 e continuava a ser assistido pelos médicos.
Andreas Lubitz recebia assistência regular na medicina privada, acrescenta o Bild ao salientar que a Lufthansa, proprietária da Germanwings, prestou essa informação ao regulador.
Carsten Spohr, administrador delegado da Lufthansa tinha dito que Andreas Lubitz suspendera a sua formação de piloto, que começara em 2008, "durante um determinado período", mas não prestou mais detalhes. Depois, o copiloto continuou a formação e ficou habilitado para voar Airbus A-320 em 2013.
Durante a formação, contudo, o jovem piloto sofreu "depressões e ataques de ansiedade".
Os registos do piloto serão analisados por especialistas hoje por especialistas alemães antes de serem entregues aos investigadores franceses.
O jornal alemão Bild avança ainda que Andreas estaria agora a atravessar uma crise emocional porque a sua namorada terminou o namoro semanas antes. A informação chegou depois de as autoridades se terem deslocado à casa de Lubitz. A casa era partilhada pelo ex-casal.
Lubitz ter-se-á trancado a bordo, dando início à descida da aeronave, o que culminaria numa tragédia nos Alpes.