"Esta decisão foi tomada por razões humanitárias e, em geral, em função dos interesses israelitas do momento", afirmou o gabinete de imprensa do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
"Perante a deterioração da situação no Médio Oriente, devemos mostrar-nos responsáveis e razoáveis, mas continuando a combater com determinação os extremistas", disse Netanyahu, citado pelo seu gabinete de imprensa.
Esta decisão surge num momento crucial, entre a vitória de Netanyahu nas eleições legislativas de 17 de março e a sua nomeação, na quarta-feira, para formar o próximo Governo israelita, de um lado, e, do outro, alguns dias antes de 01 de abril, data em que os palestinianos tencionam apresentar no Tribunal Penal Internacional (TPI) as primeiras queixas por crimes de guerra contra os dirigentes israelitas.
Foi precisamente como medida de retaliação à adesão palestiniana ao TPI que Netanyahu suspendeu, no início de janeiro, o pagamento de cerca de 106 milhões de euros de impostos e direitos aduaneiros que costuma cobrar mensalmente aos palestinianos sobre as mercadorias destinadas aos mercados palestinianos que transitam pelos portos de Israel.
Excluindo a ajuda internacional, tais receitas constituem cerca de dois terços do orçamento anual da Autoridade Palestiniana.