O navio chegou ao porto do Namibe proveniente da cidade de Walvis Bay, na vizinha Namíbia, e ainda hoje retoma viagem para fazer escala nas cidades angolanas de Lobito e depois de Luanda, antes de seguir para a Europa, segundo informação transmitida pelas autoridades provinciais.
Oriundos dos Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Alemanha, República Checa, Noruega, Turquia, Canadá, África do Sul, Costa Rica e Noruega, e com idades entre os 29 e os 85 anos, os turistas visitaram monumentos seculares construídos no Namibe, mas também o deserto que aquela província angolana partilha com a Namíbia.
Em novembro passado, em entrevista à Lusa, o diretor do instituto público do setor turístico, Eugénio Clemente, afirmou que a estruturação da oferta turística de Angola passa por uma aposta na atração de navios de cruzeiro para os portos do Lobito e do Namibe.
De acordo com o Instituto de Fomento Turístico (Infotur) de Angola, o registo de mobilidade nacional aponta para mais de 570 mil turistas que visitaram o país em 2013, número que, defendeu Eugénio Clemente, apresenta uma grande margem de crescimento.
"O movimento pode crescer se continuarmos a trabalhar na estruturação da oferta turística nacional, preparar o país como um destino. Por exemplo, em vez de Angola ser apenas um ponto de travessia para os cruzeiros turísticos, ser também paragem, de logística e atração dos turistas. Não só Luanda como o Lobito e o Namibe", apontou, na ocasião, o diretor do Infotur.
O primeiro navio de cruzeiro a escalar Angola atracou no porto da capital, Luanda, a 09 de fevereiro de 2013, oriundo da África do Sul, com cerca de 300 turistas a bordo. Nesse mesmo ano, seguiram-se mais quatro navios de cruzeiro.
O Infotur, tutelado pelo Ministério da Hotelaria e do Turismo de Angola, pretende articular com os operadores de navios de cruzeiro o desenvolvimento desta área de promoção turística, aproveitando, nomeadamente, os recursos naturais das províncias mais a sul - casos de Benguela (Lobito) e do Namibe -, mas também a maior capacidade de mobilidade e de segurança nestas duas regiões, para potenciar a primeira visita a Angola e o regresso destes turistas no futuro.