Estado Islâmico liberta mais de 200 Yazidis no Iraque
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) libertou mais de 200 elementos da minoria iraquiana Yazidi que mantinha em cativeiro há meses, indicou hoje um comandante das forças de segurança curdas.
© Reuters
Mundo Extremismo
"Recebemos 227 Yazidis, entre os quais mulheres e crianças", hoje, na província setentrional de Kirkuk, disse o major-general Westa Rasul, citado pela agência de notícias francesa, AFP.
"Negociámos durante dias com xeques tribais em Hawijah e conseguimos a libertação dos Yazidis sequestrados", precisou Rasul, referindo-se a uma cidade controlada pelo EI em Kirkuk.
Os Yazidis foram libertados na segunda-feira na província de Ninive, a noroeste de Kirkuk, mas só chegaram a território controlado pelos curdos dois dias depois, explicou.
A libertação maciça dos Yazidis, sequestrados em Ninive no ano passado, é a segunda do género, depois de cerca de 200 pessoas, velhos sobretudo, terem sido colocados em liberdade em janeiro.
Uma grande ofensiva do EI invadiu vastas áreas a norte e a oeste de Bagdad, em junho passado. Uma segunda operação em agosto atacou zonas no norte habitadas por muitas das minorias iraquianas.
Os Yazidis, que não são nem muçulmanos nem árabes, praticam uma fé singular e são considerados infiéis pelos 'jihadistas'. A sua religião é pré-cristã e contém elementos de várias tradições religiosas, sobretudo do Zoroastrianismo - que já foi a religião maioritária da antiga Pérsia, mas juntando-lhe igualmente elementos do Islão e do Cristianismo. Creem num Deus criador, mas acreditam que este colocou a Terra à guarda de sete anjos, sendo o principal deles Melek Taus, também conhecido como o Anjo Pavão.
Têm sido mais atacados que outras minorias e pareciam correr o perigo de serem expulsos do seu território ancestral até uma operação aérea liderada pelos Estados Unidos ter invertido a tendência de avanço do grupo Estado Islâmico no norte do Iraque.
A ONU declarou que a campanha de assassínios, sequestros e violações de Yazidis pode ser classificada como genocídio.
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